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Linhas Tortas(Gabriel o Pensador / André Gomes)

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Alguns às vezes me tiram o sono Mas não me tiram o sonho Por isso eu amo e declamo, por isso eu canto e componho Não sou o dono do mundo, mas sou um filho do dono Do verdadeiro Patrão, do verdadeiro Patrono (E aí, Gabriel, desistiu do cachê?) Cancelei um trabalho aí pra não me aborrecer (Explica melhor, o que foi que você fez?) Tá, tudo bem, eu explico pra vocês Tudo começou na aula de português Eu tinha uns cinco anos, ou talvez uns seis Comecei a escrever, aprendi a ortografia Depois as redações, para a nossa alegria Professora dava tema-livre, eu demorava Pra escolher um tema, mas depois eu viajava E nessas viagens os personagens surgiam Pensavam, sentiam, choravam, sorriam Aí a minha tia-avó, veja só você Me deu de aniversário uma máquina de escrever Eu me senti um baita jornalista, tchê Que nem a minha mãe, que trabalhava na TV Depois, já aos quinze, mas com muita timidez Fiquei muito sem graça com o que a professora fez Ela pegou meu texto e leu pra turma intei